As remessas de emigrantes para Portugal cresceram 13 por cento no ano passado, para 2,75 mil milhões de euros, o valor mais alto da última década, de acordo com dados divulgados nesta quinta-feira pelo Banco de Portugal.
O boletim estatístico do banco central dá ainda conta da continuação da quebra das remessas de imigrantes em Portugal, na ordem de 10 por cento no ano passado, para 525,5 milhões de euros.
O valor de remessas de emigrantes portugueses é o mais alto desde os 2,82 mil milhões de euros registados em 2002.
Forte aumento registaram a Alemanha, de 113,4 milhões de euros para 172,9 milhões em 2012, e Espanha, de 88,4 milhões de euros para 129,9 milhões, mas também Holanda, Itália, Reino Unido e Suíça.
Os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) foram, aliás, o grupo com o aumento mais expressivo de 2011 para 2012, com uma subida de 79,42%. O dinheiro enviado para Portugal passou de 155,3 milhões de euros para 278,7 milhões, cabendo de longe a maior fatia a quem emigrou para Angola. A seguir está Moçambique, embora o volume de remessas seja já de cinco milhões de euros.
O secretário de Estado das Comunidades, José Cesário, já reagiu a estes números dizendo que o crescimento de 13% nas remessas dos emigrantes traduz confiança no sistema financeiro e “uma grande vontade” das comunidades de ajudarem Portugal.