Viajamos até Beirute, a capital do Líbano. Na maior cidade do “país do leite e do mel”, acompanhamos quatro portugueses que aprenderam a amar um local, à primeira vista, tão diferente das suas origens e descobrimos uma sociedade que combina perfeitamente as tradições mais antigas com o ritmo e modernidade das grandes capitais.
“Bem-vindos a Beirute!
Agostinho Henriques, 43 anos, Diretor Financeiro, natural de Santa Maria da Feira. Encontramos o Agostinho numa banca de jornais. Enquanto caminha pelas ruas, fala-nos de como chegou a este país e como é viver num local que tantas vezes é falado por razões menos boas. Aventuramo-nos de carro com o nosso convidado, para ficarmos a perceber a maneira “beirutina” de circular. Acompanhamos o Agostinho até ao emprego e onde nos fala um pouco sobre a forma de equilibrar as diferentes obrigações religiosas e ainda conhecemos outros portugueses que também vivem no Líbano. Seguimos para Byblos, uma zona de recreio habitual para o beirutinos, com uma gastronomia muito rica. Despedimo-nos do Agostinho nas grutas de Jeitta, um dos locais mais visitados do Líbano.
Mia Vieira Azar, 60 anos, natural de Pêra. Foi o destino que levou a Mia a viver no Líbano. Enquanto nos conta a sua história, caminhamos pela zona comercial da cidade. Visitamos um mercado local de produtores. Pelo facto de não haver a tradição deste tipo de comércio, este é um dos poucos locais onde podemos comprar produtos naturais diretamente aos produtores e aproveitamos ainda para fazer uma refeição no restaurante local. Somos convidados de honra num acontecimento típico e, geralmente, muito privado da alta sociedade beirutina.
Leopoldina Castro, 72 anos, natural de Lisboa. Em Gharife, conhecemos a Leopoldina e seguimos um pouco da sua rotina diária nesta aldeia libanesa que faz lembrar, e muito, as aldeias do norte de Portugal. Vamos comprar pão numa loja artesanal e acompanhamos o processo de produção. Aproxima-se a hora do almoço e, por isso, seguimos para casa da Leopoldina, onde conhecemos a sua família e a arquitetura particular da habitação. Depois da cozinha, sentamos à mesa para uma refeição tipicamente libanesa. Acompanhamos a Leopoldina até ao palácio de Beiteddine, uma joia da arquitetura libanesa, fruto da mistura de culturas que por ali passaram. Despedimo-nos da Leopoldina na marina, junto aos grandes hotéis, símbolos da modernidade.
Caroline Arbadji, 39 anos, Angariadora de fundos, natural de Estoril. Encontramo-nos com a Caroline na Corniche de Beirute e ficamos a conhecer um pouco seu dia-a-dia, enquanto a acompanhamos num café. Vamos com,a Caroline a uma escola onde a sua ONG intervém com crianças autistas e, na aula de pintura, conhecemos um verdadeiro artista. Perto do centro da cidade, numa zona recente, conhecemos uma loja de uma designer local que colabora com as mulheres na prisão e com ex-prisioneiras, de forma a ajudar a reintegração na sociedade. É à noite, num dos bairro mais animados que nos despedimos da Caroline.