Esteve renhida a votação, mas o ‘sim’ ganhou no referendo ontem realizado na Suíça, onde foi aprovada a iniciativa popular ‘contra a imigração em massa’.
Fica assim posto em causa o acordo de livre circulação de pessoas que o estado Suíço mantém com a União Europeia. Nos dias antecedentes à consulta popular, em todas as sondagens o ‘não’ levava vantagem mas os analistas já tinham alertado que haviam sinais que o ‘sim’ estaria a ganhar terreno e que tudo poderia acontecer.
Com uma taxa de participação de 56,6% (a mais alta desde 2005) a iniciativa foi aprovada com o apoio de 50,3% dos cidadãos suíços.
A maioria dos partidos, governo, sindicatos e patronatos eram contra esta medida. Venceu assim o partido de direita, populista e nacionalista (SVP), que alega que a entrada de 80 mil pessoas dos estados membros (desde 2002) provocaram uma pressão nas infra-estruturas e no mercado habitacional, ameaçando ainda os postos de trabalho.
Esta é a ideia deste partido de direita (SVP), toda a restante classe política Suíça tem ideia completamente contrária, afirmando que esta medida vai afectar ainda mais o mercado do trabalho, já que o país não consegue encontrar mão-de-obra suficiente e qualificada dentro do seu território para colmatar a procura.
Desde 2002, ano em que a Suíça abriu as suas fronteiras a cidadão dos estados membros, que o desemprego se mantém na volta de 3%, com os salários a crescerem nestes últimos 12 anos, a uma média de 0,6% ao ano.